Gosto muito de ficções, geralmente quando assisto ou leio algum tipo de ficção, estou a procura de algo original e que me divirta, tanto em qualidade visual quanto qualidade de enredo, que fuja das idéias tradicionais de Super Homem, Mulher Maravilha, Batman e o "diabo a quatro".
Infelizmente encontrei poucos exemplos brasilleiros que valham a pena serem comentados, pois todos eles adotaram as "VFA" (velhas fórmulas americanas) de fazer filmes e HQs.
Porque os heróis têem que ter capas e roupas ridículas ou heroínas seminuas, porque ter histórias entre a eterna luta entre o bem e o mal, frases de efeito insípidas e com referências à frases típicas dos americanos, sempre em grandes metrópolis e referências brasileiras já tão manjadas como o Corcovado ou o Pão de Açúcar?Afinal eu sei reconhecer o Brasil de Cuiabá, ou Piracicaba também!
Nem entre os americanos estas fórmulas agradam mais, claro que sempre haverá os fãs da Marvel Comics ou DC Comics, afinal as "VFA" são uma tradição a ser respeitada! Mas os artistas brasileiros, tão criativos e talentosos, deveriam buscar suas próprias identidades ao criar suas HQs.
Nossos vilões não são cientistas loucos, generais egocêntricos ou senadores com sede de poder!
Nossos generais estão longe do glamour holywoodiano, estão mais preocupados em manter seus oficiais longe de escândalos sexuais ou em receberem propinas para ficarem sem fazer nada nos quartéis.
Nossos vereadores e prefeitos conseguem faturar mais embolsando da previdência e da verba da merenda escolar do que com grandes redes internacionais do crime organizado, (tema tão interessantes para os americanos).
E nossos cientistas são notoriamente ecológicos e humanitários, e talvez por isso sejam tão pobres e desinteressantes!
Gostaria de menos "Vá-se danar!", "Foda-se!", ou a exclamação clássica, "Meu Deus!". Ninguém falaria assim, a menos que estivesse "arremedando" os filmes americanos. Mais natural seria um "Vai tomar no cú!", "Vai se fuder!" ou quem sabe um "Caralho!" como frase de espanto, formas tão mais brasileiras de expressão e que qualquer criança atrás de um pipa hoje em dia grita pelas ruas do Brasil!
Sou uma leitora do interior de SP, (talvez vocês nunca tenham ouvido falar de Cerquilho!) mas isso não quer dizer, que o meu herói brasileiro tenha que ter samba no pé, tomar uma cachacinha no Bar do Caneta, falar arrastado e gritar "Uai!" quando for surpreendido pelo seu arquiinimigo. Estes também são estereótipos já manjados pela mídia. Isso é coisa que para o humor serve, mas para quem busca ação e histórias originais não serve.
Não estou criticando a forma americana de escrever, sou fãzona do Stan Lee, Jack Kirby e do cultuado mangá de Osamu Tezuka, mas não me conformo é dos escritores e roteiristas brasileiros ambientarem histórias em cenários que mais parecem com Nova Iorque ou Gotham City, misturados a alguns quadrinhos com o Corcovado para enganar o leitor.
Busco originalidade total, emoção, e um enredo envolvente, quem puder poste um comentário com sugestões ou dê sua opinião sobre o meu post.
Obrigada
Carpe Diem!
Foto: Jornal Cruzeiro do Sul:
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