segunda-feira, 16 de março de 2009

A cara do Metal brasileiro.


"Eu sempre achei os guitarristas brasileiros muito "tímidos" com seus instrumentos, principalmente no rock, onde se poderia ser mais livre e sem limites. (...)

Por outro lado, apesar de termos grandes guitarristas no Brasil, a guitarra brasileira não é tão influente assim. (...). O Belloto me falou que em uma ocasião ele teve que voltar ao estúdio e refazer a guitarra de uma música dos Titãs por que estava muito distorcida e, por isso, não seria tocada no rádio.

Que medo é esse? Por que as rádios brasileiras se sentem "ameaçadas" pela guitarra distorcida? Isto poda a liberdade de expressão no instrumento e limita o músico. Sempre foi dada mais ênfase às palavras e aos vocalistas deixando as partes instrumentais em segundo plano. (...)."
Por Andreas Kisser, colunista do Yahoo! Brasil
08/02/2009
http://br.noticias.yahoo.com/s/08022009/48/entretenimento-guitarra-brasileira.html


É, Andreas, as causas dessa repulsa pelas guitarras mais elaboradas podem ser desde a raiz do nosso rock que nunca foi a mesma do Metal, a cultura disseminada sobre rock (coisa do demo), a comercialidade de certos "sons" é só um fator de acréscimo.

Vi a aura do Hard Rock e do Heavy Metal invadir as rádios comerciais nos anos 80/90 (tudo estrangeiro!), foram tempos bons aqueles...Bons nomes do rock brasileiro também despontavam como Ira!, Titãs, Camisa de Vênus (que já fazia sucesso há algum tempo), além de Legião Urbana, Plebe Rude, Ratos de Porão... Mas eram de uma outra vertente que surgia um pouco mais tímida, o punk-rock.

Agora amainaram, mudaram sua essência para atender ou os ânseios comerciais, ou foi a maturidade da a velhice que chegou para eles.

Vemos bandas como Sepultura, Vipe e Shaman fazendo um grande sucesso lá fora e aqui seguidores fiéis por novidades tem que se contentar com as migalhas da mídia.

O que o Rock precisa é se reciclar, as novas gerações precisam aprender na velha escola e botar a cara no mundo, aproveitar que as gravadoras estão com menos poder de monopólio e lançar mão das novas mídias.


Carpe Diem

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